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3 de maio de 2013
Limites e Educação
Observa-se, frequentemente, as dificuldades sentidas pelos pais no processo de imposição de limites aos seus filhos. O receio do modelo autoritário, adotado no passado, aliado ao tempo reduzido de convivência tornam essa tarefa quase uma tortura para alguns pais e mães.
Em nossa caminhada como trabalhadores espÃritas e educadores, percebemos  a busca de pais e mães que desejam ter a segurança quanto ao momento ideal para intervir.
O espÃrito Camilo, na obra Desafios da Educação, dá-nos dicas valiosas para a resolução desses questionamentos:
Podem as tendências inatas negativas ser trabalhadas e superadas pelo processo educativo? Até que limite?
R: Sim, podem, uma vez que um programa educacional bem urdido se propõe a levar o educando a essa superação, já que educar é a arte de formar caracteres, conforme as expressões de Allan Kardec.
Quanto mais dócil à s investidas educacionais é o espÃrito, mais distante se achará esse limite. Deparar-nos-emos com o limite apresentado pelos indivÃduos na faixa em que a educação começar a tocar em áreas Ãntimas e em situações-problemas que eles não queiram ou não possam modificar, ainda, por fragilidade do caráter.
Na criança tal limite será encontrado, não por iniciativa dela mesma de não querer modificar-se, mas, no ponto em que as referidas tendências estiverem profundamente encravadas em velhos vÃcios, enraizados na individualidade há milênios, carecendo de muito tempo, e, à s vezes, mais de uma reencarnação, para serem superadas definitivamente. É claro que a persistente e nobre educação vai diminuindo, com o passar do tempo, a intensidade da dificuldade.